O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse em visita a sede do Instituto Nacional do Semi-Árido (Insa), em Campina Grande (PB), que a pasta está trabalhando em projetos que priorizem a tarifa social para resolver a distorção criada nos últimos anos  quanto aos subsídios concedidos ao setor elétrico, pensando nos consumidores regulados pelas distribuidoras e que não tiveram condições e a oportunidade de migrar ao mercado livre, e que pagam atualmente uma das contas de luz mais caras do país.

“Estamos trabalhando num projeto para acabar com isso, em sensibilizar o parlamento para proteger as 55 milhões de pessoas do bolsa família, combatendo a desigualdade através de melhorias nos percentuais da tarifa social”, informa. O programa que dá desconto na conta de luz de famílias de baixa renda possui uma base de 16,5 milhões de unidades consumidoras cadastradas, com o Nordeste liderando o índice, com mais de 7,5 milhões, segundo dados da Aneel até abril desse ano.

Na ocasião Silveira reforçou ser esse um pedido do presidente Lula, assim como a determinação e foco nas condições necessárias que viabilizem investimentos nacionais e internacionais para gerar emprego e renda ao povo nordestino, citando que o encontro de hoje é para debater as contribuições do Insa e que os ministérios podem dar visando acelerar esse processo, que segundo ele passa pela academia, estudos, marco regulatório e as linhas de transmissão anunciadas nos leilões deste ano.

“O Nordeste é o grande terreno fértil para fazer do Brasil o grande celeiro das renováveis para o mundo e estamos numa corrida de 100 metros”, avalia o ministro, ressaltando que apenas com as LTs já planificadas será possível a criação de pelo menos 100 mil empregos diretos e indiretos, além desses aportes destravarem outros bilhões de investimentos em fontes renováveis.